Apresentação

Não se ouse classificar como um ensaio, texto literário breve entre o poético e o didático, aquele que expõem idéias, críticas e reflexões filosóficas e morais sobre um tema. Mesmo subjetivo, o que se apresenta não defende nenhum ponto de vista pessoal. Não obstante, não se pode dizer que são simples opiniões ou pensamentos que não devem ser levados a sério.

Mas parece que pode ser lido como uma crônica que, segundo Artur da Távola...

“Para ser boa, não deve ser mastigada. Deve dissolver-se na boca do leitor, deixando um sabor de vivência comum. Deve parecer que já estava escrita há muito tempo na sensibilidade de quem a lê e foi apenas lembrada ou ativada pelo escritor que lhe deu forma.

Deve ser rápida como a percepção e demorada como a recordação. Verdadeira como um poente e esperançosa como a aurora. Terna como a amamentação e insegura como toda primeira vez. Religiosa como a portadora do mistério e agnóstica como um livre pensador.

A crônica nos obriga à síntese, à capacidade de condensar emoções em parágrafos-barragem. Faz-nos prosseguir, mesmo quando nos sentimos repetitivos. É, pois, a expressão literária da necessidade de não desistir de ser e sentir.”


Sobre o que se seguirá, há suspeitas de que são devaneios.
Pouco se sabe o que representam... se realidades, memórias ou alucinações... quem saberá?

Mesmo atemporal é cronológica, mesmo impessoal é subjetiva.
Algo que busca o sentido de uma estrutura que dê conta de uma (ir)racionalidade.
A única conexão entre cada um é a interrogação, que surge do nada... do nada?

O que quer que seja, o que pode ser dito antes é que são tentativas... simples tentativas de esboços literários de um amador da vida.

Francisco Araújo



domingo, 19 de abril de 2015

Podemos começar?